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terça-feira, 15 de maio de 2012

A História das Expressões Faciais



Vamos viajar pelo tempo na história das expressões faciais e conhecer o que já tem sido estudado até aqui, quais os métodos empregados e quais são os principais pesquisadores da face humana.

Diversos tipos de métodos já foram empregados na descrição dos movimentos faciais, o método desenvolvido por Paul Ekman, Ph.D., Wallace V. Friesen, Ph.D. e Joseph C. Hager, Ph.D. é baseado na análise anatômica da Ação Facial. Entretanto a maioria das pesquisas sobre o comportamento facial não tem como base o rosto em si, mas em vez disso mede as informações que puderam ser obtidas até agora a partir de dedução da face. Exemplos das questões abordadas por essa linha de raciocínio são:

  • Pesquisadores podem fazer deduções precisas sobre as emoções?
  • Podem, os pesquisadores, detectarem mudanças clínicas ou diagnósticos clínicos?
  • Os pesquisadores de diferentes culturas interpretam expressões faciais de forma diferente?
  • Os pesquisadores são influenciados pelo conhecimento contextual (ambiente) em seus julgamentos?
  • Os pesquisadores tendem a dar maior atenção à face do que a voz, etc?

Poucos estudos aprofundaram realmente no conhecimento do rosto em si. Exemplos de questões abordadas por essa outra linha de pensamento são:

  • Quais movimentos são os sinais de uma emoção?
  • As Ações Faciais mudam com melhoras clínicas ou com diferentes tipos de psicopatologia?
  • Os mesmos movimentos faciais ocorridos nos mesmos contextos sociais são os mesmos em diferentes culturas?
  • Algumas Ações Faciais são inibidas em certos contextos sociais?

A diferença entre essas duas abordagens do estudo do comportamento facial (dedução facial vs. medição facial) foram estudadas por Ekman, Friesen e Ellworth (1972).

O progresso das pesquisas focadas na face não foi muito, por causa da dificuldade em se criar uma técnica adequada para medir a face. Ao longo dos anos vários procedimentos de medição facial foram inventados. Os primeiros trabalhos são raramente citados pelos pesquisadores atuais, por exemplo:

  • Frois-Wittman (1930)
  • Fulcher (1942)
  • Landis (1924)
  • Thompson (1941)

Abordagem mais atuais tem variado em suas metodologias, que vão desde notações similares de mudanças específicas em uma parte do rosto (Birdwhistell, 1970), para representações fotográficas de movimentos dentro de cada uma das três áreas da face (Ekman, Friesen & Tomkins, 1971), até descrições verbais das gestalts faciais (Young & Decarie, 1977).

Não houve consenso sobre como medir o comportamento facial. Nenhuma ferramenta que foi desenvolvida se tornou o padrão utilizado por todos os pesquisadores. Cada pesquisador tem estado quase na posição de inventar sua própria ferramenta do zero.

A única exceção foi que a lista de categorias de comportamentos faciais descrita por alguns etólogos humanos (Blurton Jones, 1971; Grant, 1969; McGrew, 1972) influenciou outros etólogos humanos no estudo de crianças.

Embora diferentes em quase todos os outros aspectos, técnicas de medição facial compartilham um foco no que é visível, o que um pesquisador pode diferenciar quando vê um movimento facial. Uma exceção, Schwartz, (1976) utilizando medição eletromiográfica (EMG), estudou alterações no tônus muscular (Wiki: Tônus Muscular) que não são visíveis. O EMG poderia também ser usado para medir as mudanças visíveis no tônus muscular, que envolvem um movimento perceptível, mas esse trabalho não foi feito. O EMG também poderia ser empregado para estudar os movimentos visíveis, mas é pouco provável que os eletrodos pudessem distinguir a variedade de movimentos visíveis tão bem como outros métodos o fazem.

Tal como o tônus muscular, as alterações vasculares na face é outro aspecto do comportamento facial que pode ocorrer sem movimento visível e que podem ser medidos diretamente com sensores. Nenhum trabalho foi publicado sobre a temperatura ou coloração da pele, embora Schwartz em estudos inéditos encontrou medidas térmicas úteis na medição de respostas afetivas.
Alguns dos procedimentos de medição que os pesquisadores usaram para taxar movimentos visíveis incluem uma referência para uma face "avermelhada".

Hager (1986) e Ekman (1981) compararam outros métodos de medição facial com seus próprios métodos, contrastando os pressupostos que constituem cada método, explicando como cada uma das unidades de medida foram obtidas, provendo assim ponto por ponto para uma comparação das unidades de medida.

Irei ressaltar, no próximo artigo, esses pontos de comparação, para compreendermos a evolução no estudo do comportamento facial. Ressaltando apenas os principais pontos dos outros métodos com o método de Ekman, Hager e Friesen, para explicar as técnicas usadas por esses últimos e compreendermos a grande evolução obtida por eles dentro desse tema.

Fonte: Um guia para o Facs (Paul Ekman, Ph.D. e Wallace V. Friesen, Ph.D.).

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