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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sistema de Expressão Facial - FACS - parte I


Os avanços dos métodos para o estudo das expressões faciais desenvolvido por Ekman, Hager e Friesen, trouxeram avanços na tecnologia, no cinema, nas guerras e diversas áreas mais. Mas como um método científico pode se sobressair tanto entre vários outros? Isso é o que você saberá agora enquanto explico para você mais sobre o Sistema de Codificação da Ação Facial (FACS), suas principais características e diferenças entre o FACS e outros métodos.
O principal objetivo do desenvolvimento do Sistema de Codificação da Ação Facial (FACS) é ser um sistema abrangente que possa distinguir todos os possíveis movimentos faciais visualmente distinguíveis. A maioria dos outros pesquisadores desenvolveu os seus métodos apenas para descrever uma amostra particular de comportamento que eles estudavam. Uma das primeiras abordagens de Ekman, Friesen & Tomkins, 1971, o FAST – Técnicas de Descrição da Emoção na Face, também tinha um objetivo assim, mais específico. Ele foi projetado, inicialmente, para catalogar os movimentos faciais ligados à emoção. Enquanto faziam esse trabalho, eles sentiram a necessidade de um sistema de medida que catalogava todos os movimentos faciais visíveis. Também queriam elaborar uma ferramenta que pudesse ser usada não só em pesquisas relacionadas a emoções, por exemplo: indicadores de conversação, deficiências que indicavam lesões cerebrais, etc. O objetivo era contribuir, mas para isso era necessário criar um sistema que fosse livre de qualquer preconceito teórico sobre o possível significado de comportamentos faciais.

Levados por um interesse em uma maior abrangência, o desenvolvimento do FACS teve uma abordagem menos indutiva, ou seja, que não induz a nenhuma linha de pensamento. A maioria dos outros pesquisadores fizeram seus sistemas descritivos baseado em uma cuidadosa inspeção de alguns simples comportamentos e ligações que eles pretendiam estudar. Embora continha lacunas em seus sistemas, desde que seus objetivos eram simplesmente para estudar alguns simples eventos predeterminados são perfeitamente prático esses estudos. Para uma maior abrangência, porém, seriam necessários métodos indutivos para inspecionar uma amostra grande e diversificada de comportamentos.

O FACS é a analise da base anatómica dos movimentos faciais. Uma vez que cada movimento facial é o resultado de ações musculares, um sistema completo pode ser obtido descobrindo como cada músculo da face age para mudar a aparência visível. Com esse conhecimento é possível analisar qualquer movimento facial em uma base anatómica de unidades mínimas de ações, ou pode-se dizer também em unidades de ação.

Nenhum outro pesquisador focou tanto na anatomia dos movimentos faciais como base para seu sistema de medição e estudo descritivo como Ekman, Friesen & Tomkins. Blurton Jones (1971) considerou a anatomia no desenvolvimento de suas categorias descritivas, mas não era a principal base de seu sistema de medição e estudo. Ele não procurou fornecer uma descrição completa de toda a gama das ações mínimas.

O interesse em termos de abrangência do FACS foi motivado não só pelas diversas aplicações que ele poderia ter, mas por uma tomada de consciência da necessidade crescente de uma nomenclatura comum para este campo de pesquisa. Os estudos de todos os pesquisadores seriam facilitados se as unidades de medidas de todos fossem baseadas na mesma lista de expressões faciais. Além disso, uma lista completa das ações faciais seria um leque de maiores possibilidades para os pesquisadores terem em mãos. E é claro, que alguns pesquisadores também se interessariam em todos os comportamentos faciais que se possa observar, tal como Ekman, Friesen & Tomkins.

No próximo post continuaremos a decorrer mais sobre o FACS, suas aplicações e seus diferenciais.

Fonte: Um guia para o Facs (Paul Ekman, Ph.D. e Wallace V. Friesen, Ph.D.).

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