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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sistema de Expressão Facial - FACS - parte II



Escolhido como uma das 100 pessoas mais influentes, pela revista Times, no ano de 2009, o cientista Paul Ekman e mais dois outros pesquisadores criaram o FACS (Sistema de Expressão Facial). Um estudo de  movimentos faciais, sob a ótica muscular e de movimentos visíveis.


O FACS lida com o que é visível na face, não atentando para as mudanças não perceptíveis (como certas alterações de tônus muscular) e descarta as alterações visíveis demais para serem levadas em consideração.  Assim foram adotadas como base quaisquer alterações que poderiam ter influências ou consequências sociais. Em parte, o estudo foi focado para com interesse em um método que pudesse ser aplicado a qualquer tipo de estudo para registro do comportamento (usando fotografias e vídeos). Caso o sistema fosse feito com aparelhos de medições não visíveis (por exemplo, os eletrodos para EMG), estaria limitando o FACS para situações ligadas a esses tipos de aparelhos. Havia a restrição também, de que se as pessoas soubessem que estavam sendo analisadas, seus comportamentos poderiam mudar radicalmente. Landis (1924), obteve resultados não muito confiáveis, muito provavelmente por ter feito isso em parte (Ekman, Friesen & Ellsworth 1972, pag. 79-84, discussão sobre os estudos de Landis). Um método baseado em comportamentos visíveis poderia usar vídeos e fotografias que poderiam ser reunidos sem o conhecimento do sujeito.


Outra dificuldade foi que o FACS lidaria com movimento somente e não com outros fenômenos visíveis na face. Estes outros sinais faciais seriam importante para a compreensão da psicologia do comportamento facial, mas seu estudo requer uma metodologia diferente.

Num outro momento (Ekman e Friesen, 1977) distinguiram também vários sinais faciais estáticos e lentos, contrastando com os tipos de informações que pode ser encontrado em movimentos faciais rápidos. O FACS exclui mudanças visíveis no tônus muscular que não impliquem movimento. Coloração de pele, transpiração, lágrimas, erupções, espinhas e permanentes características na face foram todos excluídos do FACS. Como diz o próprio nome, SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DA AÇÃO FACIAL foi desenvolvido para medir, listar, discriminar, codificar as ações do rosto.

A primeira ideia do FACS era que fosse uma lista de todas as ações do rosto, ou seja toda a ação muscular facial possível. Em vez disso ele é focado no que um ser humano pode distinguir de forma confiável e não baseado em uma máquina. O FACS inclui a maioria, mas não todas as diferenças sutis, as pontuações dependem dos movimentos que podem ser inspecionados repetidas vezes e em “slow motion” e “stop motion”.

No próximo post veremos as duas abordagens que um estudo de movimentos faciais pode ter.  O caminho das pedras no estudo das expressões faciais e a uma consideração final sobre o FACS, abrindo assim o leque de ensinamentos que virão.

Fonte: Um guia para o Facs (Paul Ekman, Ph.D. e Wallace V. Friesen, Ph.D.).

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